segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pé-de-serra



Hoje estou com vontade de falar de música. Música brasileira. Ritmos tocados com instrumentos de percussão... é que desde sábado à noite, entrei em uma onda forte de forró. Enquanto tomava banho, coloquei o Forró Raiz para tocar. Depois entrei a dar nó nas pernas, lá no Espaço Brasil. No domingo, acessei o You Tube para, pela primeira vez, procurar vídeos de forró. Na verdade, eu procurava o Duani. Mas aí, encontrei também Dona Zefa, bom até demais! Desliguei para não desconcentrar porque, na realidade, o computador foi ligado para eu trabalhar em uma Revisão, sabe?

Estou falando aqui de triângulo, zabumba e sanfona, combinado? Eu sei que Luiz Gonzaga já recebeu críticas. Ainda bem que tenho em quem me apoiar. Em Mario de Andrade. Para mim, o forró é um ritmo musical fascinante, que, quando dançado, faz a gente esquecer o próprio nome.

(aliás, como diz minha amiga Pat, não conversa comigo enquanto estou dançando, não, que chatura!)

É que há alguns que fazem interrogatório. Eu, quando não finjo não escutar, respondo coisas delirantes. Numas dessas, já fui até pandeirista! O que você faz? Toco. Toca o quê? Pandeiro. Mal sabia ele que eu estava aprendendo o be-a-bá e não saí dele até hoje.

Bom, acho que posso começar a falar de um músico que adoro, para fechar com chave de ouro (a Pat usa essa expressão para ir embora do forró, dançando com um forrozeiro fera).

Falo do maestro Guerra Peixe (1914-1993). Ele veio de Portugal, viveu em Petrópolis, Rio de Janeiro, Recife. Aos nove anos, tocava vários instrumentos, entre eles, os de corda e o piano. Pesquisou o folclore brasileiro, foi professor universitário. Nos anos 40, tocava em salões, confeitarias... já imaginou? Deve ter sido um tempo muito bom!

Ele foi arranjador, regente e diretor musical em um LP do Tom Jobim, para ilustrar a quem não o conhece.

A música Ponteado provoca alegria, mas não encontrei a melodia para postar, porque isso é complicado, há a questão de direitos autorais em sites que contém (continham) esse conteúdo, por exemplo, o olga.

Mas nas bibliotecas de Escolas de Música certamente deve haver uma forma de apreciar o maestro e seu Ponteado.

Foto: Flickr

Nenhum comentário: