quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cris mamãe noel


Cris,

você hoje foi a luz do dia!!





Escola pública municipal em Contagem-MG


A escola fica localizada em uma região de risco social, onde acertos de traficantes já foram feitos na porta da escola, às 11 da manhã. Esta foto foi tirada por mim no local.


Eu com os super-heróis


E com os Batmen


Fê e Cris (lá atrás)



Uma parte da turminha

Tudo foi muito gostoso e graças à Cris, que organizou tudo e a todos que deram sua contribuição com um presente, vimos professoras da rede pública, pais e crianças em um momento muito feliz.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

pés descalços

despir-se de supérfluos, dentro de uma concepção filosófica, que eu entendo aqui como uma concepção que compreende a origem dos temas tratados, significa não apenas um passo para a ascese, mas pode ser um comportamento intrínseco a determinada cultura. A atitude dos hippies (uma vez ouvi ou li não sei aonde que este termo não existe, ou possui uma acepção totalmente diferente – ah! pode ter sido, lembrei, quando expus e convivi um pouco com os "hippies" lá em Itaúnas – daquela usada nos anos 60 ou popularmente concebida. Mas como ouvi a palavra do Prof. Jacyntho há poucos dias, não há mais dúvida de que posso usá-la). Retomando, a atitude dos hippies segue este pensamento de livrar-se do peso dos tabus, dos valores materiais e harmonizar-se com os elementos naturais, extraindo da natureza os produtos que ela oferece como sementes para fabricação de adornos e até alucinógenos. Também o povo indígena é um exemplo da integração humana à natureza e à própria natureza animal do homem.
O pé descalço, símbolo de humildade para os franciscanos, talvez pudesse também ser entendido como gesto de integração ao natural, ao ambiente, e de igualização com o outro, com as outras pessoas. No folclore brasileiro, na cultura popular brasileira é frequente ver danças e rituais musicais realizados com os pés no chão. O forró, por exemplo, quando dançado de forma até, eu diria, extática, as sandálias são deixadas de lado. Esta ação promove ainda uma aproximação maior, no sentido de "ficar igual" com a comunidade ali reunida para dançar.
Em lugares em que se quer estabelecer este contato mais direto com a paisagem natural, é possível passar vários dias – os nativos passam mais tempo, é claro – descalço.

Pé descalço é um modo de tomar um rumo pessoal para onde se quer ir em determinado momento.

aproveito para homenagear a Cris, mestre em educação pela fae/ufmg e "mamãe noel" todo ano.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Estréias nº 2

Estreando o presente da Peinha, peça em cerâmica feita por ela e pintada pela Monica Nitz. Uma obra de arte que toma lugar especial aqui em casa porque foi feita exclusivamente para nós. Envolta num pano de corações, acompanhada de um par, chegou até mim aquecida pela amizade verdadeira!
Este é o link para o blog do Atelier 330, em Vitória-ES.
O almoço de domingo frio e chuvoso, idealizado pelo meu chef, foi um caprichadíííssimo angu à baiana. Delícia!

Ingredientes do angu à baiana:
fubá, sal, pimenta do reino, noz moscada, cebola, alho, carne moída, molho de tomate, queijo do Serro, bacon e salsa.

Bem mineirim (apesar do título, rsrsrs), harmonizado (termo do dialeto de chef, rsrsrs) com uma cervejinha, então... ulala!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis nasceu na Itália, no século XII (1181). Ele deixou todas as coisas desnecessárias à sobrevivência e à relação com a natureza, para viver em pobreza e em harmonia com o próximo. Foi um santo, diríamos, engajado na causa ecológica, por isso, conhecido pelo respeito aos animais. Os estigmas em seu corpo lembram os de Cristo crucificado, daí ele ter sido chamado de "alterchristus", ou o novo/outro Cristo. Teve uma relação próxima com Santa Clara, a qual fundou a ordem franciscana feminina.

Foi uma das coisas mais bonitas que já vi, a apresentação em voz e violão da música de Vinícius de Moraes por dois alunos da ufmg: Fernando Noronha e Kleber Pontes, dentro da programação do evento Fratello Sole, Sorella Luna: Francisco de Assis ontem e hoje, na Letras-ufmg. Era assim que ele se dirigia aos elementos da natureza: irmão Sol, irmã Lua, irmão vento...

Bonita também a legenda que os alunos do italiano fizeram para uma ópera que representa a vida de "San Francesco". Está sendo muito boa a semana, com presenças especiais, como Ronald Claver e pessoas que conheci (Juliana e José).



O cântico ao irmão Sol

Altíssimo, onipotente e bom Senhor, a ti subam os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos!
A ti somente, Altíssimo, eles são devidos, e nenhum homem é sequer digno de dizer teu nome.
Louvado sejas, Senhor meu, junto com todas tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que é o dia e nos dá a luz em teu nome.
Pois ele é belo e radioso com grande esplendor, e é teu símbolo, Altíssimo.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã lua e as estrelas, as quais formaste claras, preciosas e belas.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão vento, e pelo ar, pelas nuvens e o céu claro, e por todos os tempos, pelos quais dás às tuas criaturas sustento.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão fogo, por cujo meio a noite alumias, ele que é formoso e alegre e robusto e forte.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã, nossa mãe, a terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas.
Louvado sejas, Senhor meu, por aqueles que perdoam por amor a ti e suportam enfermidades e atribulações.
Benditos aqueles que sustentam a paz, pois serão por ti, Altíssimo, coroados.
Louvado sejas, Senhor meu, por nossa irmã, a morte corpórea, da qual nenhum homem vivo pode fugir.
Pobres dos que morrem em pecado mortal! e benditos quem a morte encontrar conformes à tua santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai todos vós e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe graças, e o servi com grande humildade!




domingo, 29 de novembro de 2009

Estréias

Estréia do meu top chef na elaboração de um risoto e do lindo presente dos padrinhos Helena e João!



Risoto "del mare"- Com polvo, mexilhões, filé de truta e o toque pessoal do chef, raspas de limão siciliano. Perfeito!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Achado

Aquela noite estávamos à procura de um lugar exatamente assim. Fomos "no rastro" do Eugênio Brito, cantor da noite que conhecemos lá n´O Inusitado, bar que fica no Santo Antônio. Sem encontrá-lo, eis que adentramos um estabelecimento no bairro São Bento, achando, pelo jeitão, que fosse ser um restaurante inacessível ao nosso bolsinho, mas combinando pedir só um tira-gosto e algo para brindar. Então, qual não foi nossa surpresa quando vimos que quem tocava era o próprio, o Eugênio, em um ambiente pra lá de agradável, informal e convidativo. O cardápio era uma beleza, qualquer escolha me aprazia naquele momento de encantamento com tudo: repertório musical, decoração, clima, atendimento... e então meu gourmet pediu uma porção de bolinhos de arroz recheados com queijo, como entrada. Depois, 1/2 picanha com mandioca cozida, vinagrete e farofa na manteiga. Só eu tomei chop, porque quem dirigiu sábado fui eu! Tamanha sintonia fez a gente ficar tirando fotos que nem bobos! Bom, mas então, o nome do bar: Tiradentes. Não há sombra de dúvida sobre qual lugar escolher da próxima vez que nossos amigos de fora vierem a BH. Ah! E uma dica: há vários ambientes: se você está numa turma de amigos, pode ficar lá na frente; se está em clima de namoro, fica lá dentro, onde a iluminação é mais baixinha e as mesas ficam à luz de velas, mas sem perder o contato com o movimento do bar, graças a uns janelões coloniais (o bar é bem típico mineiro). E os preços são honestíssimos. Bom, acho que só com um grande azar sua noite lá não seria espetacular!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

um gesto natural



Que surpresa quando hoje uma colega especial da faculdade disse: "pra você." E eu: "pra mim?!" "é, pra você pôr na sua casa." E me deu parabéns.

Estou tão feliz porque com este gesto, ela estava dizendo "eu gosto de você."

De forma espontânea a gente vive tão melhor...o carinho que somos capazes de oferecer chega mais aquecido ao outro. As regras, protocolos e convenções às vezes saturam e tudo acaba caindo no sorriso amarelo, na obrigação, na artificialidade. Até quando vão ficar fazendo coisas para fulano, beltrano, inglês ver e não para a sua verdadeira realização pessoal?

A propósito, gosto muito da propaganda (não lembro de que produto) em que o cara pensa: "já pensou se eu escutasse tudo o que as pessoas dizem?" e aí ele aparece fazendo as mais absurdas loucuras.


domingo, 22 de novembro de 2009

BH 40 graus

Há semanas Belo Horizonte está igual à cidade "purgatório da beleza e do caos": um calooor...!!

Você que está vindo para cá ou arredores, traga roupas leves, calçados abertos, protetor solar, boné e chapéu, como se estivesse indo para a praia. Hidrate-se bem. Experimente o sorvete de côco da sorveteria São Domingos, o suco com iogurte do Marieta...

Hoje, só de olhar a cor do suco de beterraba com laranja que meu personal chef fez, me refresquei! E estava gelado na medida certa, descendo igual água, como ele falou.

Boa estréia do espremedor lindo que a Xanda deu! E as estréias vão sendo feitas aos poucos, curtindo bastante.

No calor, eu sofro, mas gostcho!! Sou mais ficar embaixo do ventilador (não me dou bem com ar-condicionado, não) do que enrolada em cachecóis, carregando o peso das roupas de inverno. Mas imaginei as pessoas que moram em Pernambuco, por exemplo, em um dia de trabalho. São de fato guerreiros. Por mais que eu adore o Sol, os dias de céu azul e o horário de verão, reconheço que não é nada fácil pegar um ônibus cheio sob uma temperatura elevada, andar pelas ruas fazendo serviço de banco ou carregar seus produtos por quilômetros de areia quente. Acho que nem preciso ir longe para ver ou sentir isso na pele, dadas as condições climáticas em que vivemos mesmo aqui no sudeste. O Rio está insuportável de quente, Vitória sempre foi a cidade Sol e é igualmente infernal de quente, BH deste jeito, São Paulo, não sei como está. E de calor eu entendo porque nasci em Ipatinga, passava os Natais em Colatina e morei em Governador Valadares, onde os vizinhos não batem à porta pedindo uma xícara de farinha de trigo e sim, pedindo gelo.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

acaso

e eis que olho para uma estante do sebo da Letras e vejo:



um ao lado do outro, por mistério, coincidência...

leve

Hoje a fonoaudióloga* pegou no meu pescoço quando eu fazia um exercício de voz e disse: "nossa, não tem nem um pingo de tensão! Você é totalmente relaxada, não se preocupa com nada, né? Que bom!".

É que hoje estou assim. Leve. Sobrou amizade, alegria, felicidade. Nunca vi meus pais e meus sogros tão felizes assim. A comemoração foi do nosso jeito, "personalizada", como disse a Peinha. Foi espontânea. Me senti muito eu mesma. Super gostoso.

Certamente por isso vieram os elogios. Foram igualmente naturais. Aconteceram durante a confraternização, com imensos sorrisos nos rostos. Vieram depois por e-mail, por celular, pelo msn...sem que nós esperássemos. Carinhosamente, exalando alegria.

Obrigada aos grandes amigos que vieram de Vitória, Ipatinga, São Paulo e Florianópolis.




*(abreviatura: fga, de acordo com a descoberta que fiz ao receber um e-mail da minha amiga de muitos anos, Flávia, coordenadora do curso de Fonoaudiologia da UNIPAC-Vale do Aço)

espontâneo (Dicionário on line Priberam)
adj.
1. Não aconselhado nem forçado; feito ou dito de livre vontade.
2. Que se realiza por si só e sem causa aparente; que não é provocado.
3. Diz-se das plantas que nascem sem ser semeadas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Despedida de solteiro inesperada

Ontem a noite foi especial no Lord Pub. O Gleison Tulio – quem não conhece, vale a pena ir vê-lo tocar. Costuma estar no Garage da casa, no Jack, no Studio bar... – fez uma bacana homenagem a nós, "nubentes", como disse a Peinha! Pôxa, amigo, valeu!!!!
(a gravação está bem ruim, mas aos 4 minutos e 8, por aí...está a fala dele, pouco antes dele começar a imitar a voz do Bob Dylan, é só prestar atenção ao áudio, já que a imagem ficou escura).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Festival de Arte Negra - FAN

Recebi um e-mail da Emília, minha colega de turma de Llansol, com um convite para o FAN-BH. Amanhã o Vander Lee faz show com a presença da Elza Soares, de graça, na praça da Pampulha (não sei que praça é essa, deve ser aquela da orla da lagoa, em frente à igrejinha).
Bom, eu, quando o Vander Lee começou com o cd que tinha "no balanço do balaio", era fãzona! Eu tenho esse cd e acho ótimo. Meu fofinho também gostava, chegamos a ir em show e tudo e ele comprou o cd gravado ao vivo, em que a Elza Soares canta.
Mas com o tempo, o Vander Lee foi ficando chato e aí, nunca mais ouvi. Mas a música tmbém não é nenhuma porcaria, nenhuma aberração como muita coisa por aí, que aparece na Globo aos sábados à tarde, enfim...continuo me orgulhando desse artista mineiro, brasileiro, que trabalha na dele, com honestidade e respeito pelo público e pela música. É o jeito dele, há quem goste e quem não goste.
Estarei lá amanhã depois da aula.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O gramado

É ruim olhar pela janela da biblioteca da Letras e ver aquela montanha de areia, as estruturas da construção...e nenhum verdinho mais. O espaço parece até ter diminuído. Antes (até bem pouco tempo, há alguns meses) eu olhava e via os meninos jogando bola, parecia tão nostálgico da parte deles aquela pelada no gramado...era como se quisessem viver um tempo que vemos nos filmes, as décadas de 60, 70...romantizadas no cinema e nos depoimentos de pessoas famosas que tinham entre 20 e 30 anos na época. Hoje imaginei o que esses alunos/meninos/homens estão pensando ao ver aquilo ali. Devem estar mais tristes que eu.

Sempre, antes mesmo de começar a ser aluna da faculdade, achei aquela área linda. Era super agradável olhar através dos vidros e ver aquela grama toda...aquele espaço grande, bonito. E eu pensava tanta coisa..."será que quero estudar aqui? Sim, deve ser uma delícia estudar aqui!"

Agora a gente olha e vê feiúra. Amanhã vamos olhar e ver um prédio. Não me aprofundei no debate do REUNI, não me informei suficientemente. Mas vejo que algo não está acompanhando o verdadeiro sentido e o verdadeiro desejo da universidade pública.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sexy music



Ele e a música são sexies.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

delay


Demorei pra entender Os Simpsons. O seriado de animação já tem 20 anos. Eu começava a assistir, mas nunca fixava a atenção na estória. Na verdade, isso acontecia porque eu não estava "captando a mensagem", não estava entendendo absolutamente nada. Mas agora, o meu noivo assiste todo animado e eu vejo com ele. Daí, parece que, ou comecei a prestar mais atenção, assistir com mais paciência ou...amadureci! (Nossa, mas que sinal de amadurecimento...entender Os Simpsons! Será que procede ou pirei de vez?) Bom, mas o fato é que tô me apegando aos personagens, iniciando uma relação de carinho com a Lisa e a Margie e achando o Homer super engraçado! Ele representa todos nós, sem as máscaras.
E os caras que criaram aquilo ali são geniais. Há cada referência mais brilhante que a outra, como trilhas sonoras bem sacadas. Em uma cena que vi hoje eles colocaram uma tela como se fosse do youtube no momento em que o Homer fazia uma retrospectiva mental de sua trajetória de vida. Super legal.
É... que bom que já consigo entender Os Simpsons! Já posso casar.

sábado, 24 de outubro de 2009

escrita llansol

Caminhando na leitura de finita e prestes a escrever um texto sobre o livro, deixo um fragmento.

"[...] às vezes, sinto-me destruída, no meu destino, pelas coisas ferozes de uma realidade social a que, no íntimo, nunca aderi."

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

aquela nuvenzinha pairando sobre a minha cabeça...

a chuva começou a cair no momento em que eu ia sair de casa. Mas saí de sombrinha e ela amenizou. Ao entrar no ônibus, caiu forte. Sorte a minha. Mas, de repente, sobre o assento em que eu me sentei, começou a cair água. Molhou meu braço esquerdo. Tudo bem. Fazia calor, muito calor. Mas toda vez que o ônibus freava, aquele fio grosso de água caía sobre mim. Eu via a moça na minha diagonal me olhando e, pelo reflexo do vidro à frente, via que o rapaz sentado no banco atrás de mim também me olhava. Todos calados. Eu também. Fingi não ligar para a água me molhando dentro do ônibus e torci para chegar rápido. Tentei dormir porque assim, de certa forma, eu não estaria ali, mesmo estando fisicamente. Entrei na sala de aula em que aconteceriam as apresentações escolhidas por mim na programação da SEVFALE e me sentei. A certa altura, o celular da mulher sentada a meu lado tocou alto. Ela havia saído da sala. A professora que coordenava as apresentações olhou para a minha cara. Eu a encarei.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

curtinho

Eu falei e disse: "Quando fizer 30 anos, vou cortar meu cabelo curtinho!". E assim fiz.
Adorei o resultado. Me senti muito bem. Mas aí, como meu cabelo cresce rápido, tinha que cortar para manter o corte e nem sempre os cabeleireiros acertavam. Então, fui trocando de cabeleireiro, tentando encontrar algum que me entendesse. Até que resolvi deixar crescer para dar um descanso ao cabelo (se é que isso existe) porque senti que ele precisava pesar um pouco para voltar ao normal. Hoje ele está bem grande em relação ao "joãozinho", está todo mundo me elogiando, mas uma pessoa não está gostando dele assim: eu.

Por isso, amanhã, vai ter tesoura!

E procurando por um corte legal na internet, me deparei com este post, do qual gostei pra caramba.
Minha ideia é ter cabelo grande – ou voltar a ter cabelo grande, porque sempre tive durante a adolescência e "vintes" – aos quarenta anos. Acho lindo quarentona e cinquentona de cabelão, como a Malu Mader, a Maria Fernanda Cândido, a Cristiana Oliveira etc.
Pretendo, também, pintar de ruivo, usando tintura natural ou tonalizante, ao invés de tinta química. Aos 60, quem sabe, eu deixe ele todo branco? Ou mais tarde, aos 70, se eu for seguir o exemplo da minha mãe, que está linda aos 60, com mechas claras, e tal.
Escolhi cortar amanhã por causa da lua cheia. Vi num programa do GNT que um salão promove o dia da lua cheia, algo assim, e que este período propicia os tratamentos e cortes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Grande

Posto hoje um texto que escrevi no escritabrasil porque hoje o Arnaldo Antunes esteve na ufmg, mas fiquei com preguiça de multidão.
Um beijo.

Ver o Arnaldo Antunes recitando seus poemas, cantando suas músicas e conversando sobre seu processo de criação, ao vivo, esta noite, foi um grande privilégio.
O artista cumprimentou o público presente no Ofício da palavra, no Museu de Artes e Ofícios, de forma muito receptiva, transmitindo conforto e certa informalidade. Ao falar seus textos, marcava o ritmo com a cabeça, um jeito particular, assim como sua voz, tão característica e inconfundível.
Ele fala de sua conexão com a escrita de uma forma prazerosa, como se esta relação fosse tranquila para ele, mais até do que a relação com a música, enquanto instrumentista. Ele contou que, por volta dos doze anos, escrevia e fazia aulas de violão e, hoje, em seus shows, prefere apenas cantar, pois o instrumento o deixa um pouco preso. Neste sentido, ele diz, seria mais um compositor do que um músico. Para que as palavras pudessem alcançar “algo mais”, ele julgou interessante que elas fossem entoadas e, muitas vezes, uma poesia lida não faz tanto sucesso quanto a musicada. Por outro lado, uma bela poesia pode não combinar com certa melodia e o processo de transformá-la em canção vem a falhar.
Arnaldo Antunes ressaltou a importância do trabalho formal, além da inspiração e emoção. “Através do trabalho é que se consegue emocionar”. Ele usou o termo “labuta” ao se referir ao que seria o “corpo a corpo com a linguagem”. Mencionou que é necessário tirar o que está sobrando, por meio de uma subtração. A escrita seria um processo de constante refazer, em busca de clareza e concisão.
Um dos poemas escolhidos por ele para ser falado foi postado aqui no blog em 18 de fevereiro. Outro, “virou” poema visual depois de ser música: O quê. Seguindo a trajetória de um círculo, em que está escrita toda a letra da música, é possível cantá-la, parando em qualquer ponto e retomando a leitura circular de conteúdo vazio e filosófico, segundo o autor, uma vez que não é o que não pode ser que não é(...) não diz nada e forma um círculo que questiona os limites da linguagem.
Sobre influências e preferências pessoais, citou Manuel Bandeira, Oswald, João Cabral e outros. A poesia concreta o marcou pelo fato da incorporação da imagem, o que também acontece agora, com a tecnologia, a qual possibilita que um único recurso gere imagem (foto), som, texto e vídeo (movimento): o computador. Se antes o livro era para ser lido, a música para ser ouvida e as artes plásticas para serem vistas, hoje há a interface entre as mídias.
Questionado sobre o conceito de língua, com base na possível proibição de palavras em inglês na língua portuguesa, proposta de um político brasileiro, responde que "a língua é uma matéria mutante". Cabe aos falantes permitir ou não a permanência das palavras.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Desire

Costumava prestar bastante atenção à sua volta. Tudo o que escutava parecia ser sobre si: cochichos, risos e mais. O entorno, as opiniões, este tipo de coisa a incomodava, era importante. Sem ser. Porque apenas em sua cabeça funcionava assim. O amante, ao contrário, aproveitava os momentos em sua máxima plenitude, não havia ninguém além deles ali. Em qualquer lugar que fosse.

De repente, escolheu. Pensando em seu próprio bem, no das pessoas que ama, seguindo o coração, o que sentia, levando em consideração suas experiências... mas pediu conselhos discretamente. Ouviu os sussurros exteriores, externos a ela, à sua vida, só um pouco nela adentrados. E assim, deu em não querer continuar. Mas havia uma sua parte que previa. Conseguia enxergar lá no fim, no final da linha, quando já tivesse atravessado as dificuldades. Neste lugar ela se via pensando baixo ou alto: “foi válido”. Sim. Mas e o presente? Este momento em que quer? Querer? Desejar? Existe tal coisa quando não se é mais criança e se pode controlar os impulsos? Para ser claro, há o desejo, porém, ele não é totalmente possível, não se pode seguir o desejo à risca. Dividindo a vida humana comum – pois existem vidas completamente diferentes, mundos impensáveis, modos de vida diversos – em planos, poderíamos dizer: pessoal, sentimental ou amoroso e profissional. Em dois destes planos talvez possa haver o “eu quero”, mas em outro, tenho quase absoluta certeza, não. Quase certeza.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Beleza da sonoridade da língua

Para mim, a língua francesa e a espanhola são deliciosas de falar e ouvir. E também muito belas. Mas a mais bonita para mim é a portuguesa. Um amigo, o Cláudio, disse: "Sim, mas eu queria ouvir sem entender, para perceber melhor".

Passeando pelo blog espacollansol, ouvi áudios da escritora Maria Gabriela Llansol e constatei que é possível distinguir o som ao qual estamos acostumados – e, talvez por isso, não vejamos tanta novidade assim – e notar a beleza do português.

Na tv fechada a gente também pode ter esta experiência, assistindo àqueles canais... RTP... é português, mas não dá pra entender nada! E o sotaque, quer dizer, a pronúncia, porque o Saramago disse, né... "a língua é minha, o sotaque é vosso", é tão musical! E aquele "s" que os cariocas, paraenses e alguns nordestinos (alguns porque o baiano, por exemplo, não sabe se puxa ou se não puxa) ficaram pra eles com toda a sabedoria, é o máximo!! Eu, quando era criança, passava uns tempos no Rio e voltava pra Minas falando "Beatrixx"!

sábado, 12 de setembro de 2009

"êô o vento soprou, êô a folha caiu, êô cadê meu amor que a noite chegou fazendo frio"

Sempre quis assistir a um show do Lenine na praia. Ele veio a BHte algumas vezes, mas sempre em ginásios grandes, sem a menor graça. Este mês a cidade de Vitória fez 458 anos. Eu e minha irmã ouvimos a voz dele lá de casa e corremos para vê-lo na passagem de som, debaixo de um Sol a pino do meio-dia. Esperamos ansiosas pela noite, em que curtiríamos uma música de alta qualidade num ambiente que tem tudo a ver com o som. Lenine chegou ao palco preenchendo todos os espaços (e como dança bem!). A Lua estava bem em cima do palco, linda.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Senta a pua!

Gafieira – também – é tudo de bom.

Eu pensei em selecionar um repertório, baixar da internet e contratar um bom dj, que tenha equipamentos de qualidade, para tocar na festa de casamento. Não vai ser festão. Eu queria algo com a nossa cara, aconchegante, gostoso, agradável para os amigos e para a família. Então, um dia a gente estava ali na feirinha Tom Jobim (feirinha do colégio Arnaldo) e um grupo de chorinho tocava. Foi uma opção em que pensei. Depois, fazendo uma degustação num buffet, a simpática funcionária que nos atendeu recomendou um rapaz que toca ao vivo, "repertório de flashback, com um inglês perfeito, boa aparência", etc e tal.
Quando vimos a apresentação do Senta a pua, o Mauricio gostou e ficou imaginando eles tocando na nossa festa. Realmente eles são super legais, tocaram um baião que eu tive a impressão de que está naquele dvd do Pedro Luís e a parede com o Ney Matogrosso e que eu amo.
Entre essas possibilidades, acho que tendo para decidir em selecionar o repertório e pôr pra tocar de forma eletrônica. Caberiam as músicas que eu gosto (brasileiras) e as que ele gosta(estrangeiras) e ao mesmo tempo, os dois estilos nos agradam, apesar das preferências. Isso agradaria também os convidados, eu acredito.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

sentidos pessoais

Foto: Jackson Abacatu
são construídos conforme nossa vontade, conexões sinápticas, experiências, sonhos, lembranças, juntando tudo, aglomerando, dando ou não forma. processo sem volta (?)


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O filme mais bonito que já vi

Alguns filmes ficam naquela listinha nossa de inesquecíveis e são indicados sempre que possível. Entre os meus estava O tempero da vida (# 1 da lista), O céu de Lisboa (principalmente pela trilha sonora) e alguns que, talvez se voltasse a ver hoje não exerceriam em mim tanto impacto (não sei, é uma possibilidade), como Sob o Sol da Toscana.

E só agora assisti a O carteiro e o poeta. Foi semana passada.

De novo, a simplicidade.

ps.: Para quem assistiu, quando ele começa a gravar os sons de sua terra, nossa... para mim, é o ápice da fruição desta obra.

terça-feira, 25 de agosto de 2009







sentido bonito da palavra simples

ontem o dia estava assim em Coroa Vermelha.


Quando estava avaliando os livros, eu vi (bem) que existe a diferença entre simples e simplório ou simplista. E as coisas simples são de uma beleza singular. Por isso, ao falarmos a palavra "simples", na maioria das vezes, nos referimos a algo que julgamos positivo: belo, de bom gosto, objetivo, claro, sem artifícios, enfim. Porque, se pensarmos bem, quando queremos caracterizar uma coisa negativamente, utilizaremos outros adjetivos, como: bobo, comum, etc.

Bem, venho hoje de uma viagem que eu diria... foi uma delícia. Foi leve, foi simples. Praias fora de temporada são interessantes – digo, lugares pequenos que realmente vivem do turismo, não capitais urbanas do litoral, as quais sempre têm um movimento interessante o ano todo. Você está ali naquela calma, naquele espaço imenso quase só para você e começa a pensar: "Será como é que fica isso aqui no verão? Nossa, a disputa por esta mesa deve ser extremamente acirrada..." e por aí vai.

E, então, o momento se torna propício para escutar certos barulhos, acionar percepções... sobre o povo dali, o trabalho deles, sobre as relações entre eles e entre eles e o turista, entre eles e a natureza do lugar. Barulhos, eu escutei alguns: do vento, das ondas, dos pássaros que cantavam nos arredores da casa em que eu estava e o barulho interior. Dizendo coisas tão boas...

Por exemplo, agradecendo o alimento que nos foi proporcionado na sexta-feira. Vindo de Trancoso, ao descermos da balsa, fomos à cooperativa de pescadores e de lá, meu "chef" ou "gourmet" levou um peixe (Vermelho) e uma lagosta. O primeiro foi temperado apenas com sal grosso e a outra, só com manteiga por cima; ambos grelhados na churrasqueira, o que deixou aquele gostinho defumado... ma-ra-vi-lho-so. Não havia nenhum acompanhamento. Eram só as carnes brancas e macias da pesca fresca.

Os sons interiores também vêm à tona quando depois de um domingo feeeio o Sol aparece – o sorriso no meu rosto se fez assim... involuntariamente. E aí, a gente parece que solta a espiritualidade que carrega lá dentro. Agradeci a Deus e a Santa Clara por aquele dia lindo. Quando eu era pequena, minha mãe e a Lu do tio Mauro ficavam cantando: "Santa Clara clareai, Santa Clara clareou/ ô, ô" e eu sempre, pra sempre, vou levar isso comigo.

Tudo foi bom, gostoso. E cheio de simplicidade, o que tornou cada um desses dias ainda mais especiais.
O amor é simples e tão sublime. Algumas pessoas e lugares nos lembram disso.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Chinoca"

Intérprete oficial mexicana ganha prêmio de mandarim.

Ela é tradutora habitual das visitas presidenciais e ministeriais do México à China, nasceu na Macedônia, tem nacionalidade mexicana é casada com um mexicano. Entre os finalistas havia pessoas do Brasil, Austrália, Egito, Estados Unidos etc. O prêmio foi dois anos de estudos na China, um troféu, 10 mil yuanes, equivalentes a 1.464 dólares e outros regalos, como está dito na reportagem. O governo da China calcula que o ano que vem serão cerca de 100 milhões de estrangeiros estudando mandarim.
Olha que esperteza do governo chinês! Quanto mais pessoas dominarem seu idioma, mais fáceis ficarão suas relações comerciais com outros países. Além disso, a expansão da língua significa melhora em outros campos de atuação da China como o diplomático e de relações internacionais. E este prêmio é um grande incentivo para que o objetivo do país seja alcançado.
(Não é à toa que outro dia eu fui na Tok Stok e TUDO era "fabricado na China". A "Chinoca", como diz carinhosamente o Mauricio, que já negociou muito por lá, tá com tudo!).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Delícias de se casar com um chef



Até imagino, às vezes, certas receitas ou me despertam o interesse quando vejo o preparo na tv ou a foto na revista. Mas raramente ponho a mão na massa de fato. Já disse que não sinto prazer cozinhando, só que o interessante é que as pessoas me dizem que o que eu faço fica bom. Deve ser detalhismo de capricorniana; realmente eu capricho quando dá na telha cozinhar. Minha mousse de chocolate, tirada de uma receita na lata de creme de leite, cá pra nós, é maravilhosa. E sempre acho legal enfeitar os pratos: colocar uma canela em pau ao lado da xícara de chocolate quente, um raminho de manjericão em cima da massa, uma pimentinha biquinho no caldo. Como muito pelo visual, por isso gosto também de colocar os pratos em travessas legais, coloridas, modernas ou rústicas, de acordo com o tipo de comida.

Lá em Diamantina eu tomei um chocolate quente muito, muito delicioso. Foi lá na Castevi (?), será que é esse mesmo o nome? Bom, fica em frente ao restaurante JK (3 por 5). E, para meu gosto, é melhor que o chocolate do Café lado B, que é mais caro. Bom, a dona de lá é toda conversadeira e nos contou a receita: leite, creme de leite, chocolate meio amargo derretido e essência de amarula. As medidas são no olho. Segundo ela, cozinha é amor. Ela faz também trufas, barrinhas de chocolate, espagueti, e um pão de queijo daqui, ó!!

Pois, é. Quando ouço as pessoas falando assim... amo cozinhar, o tempero é o amor (apesar daquele ditado segundo o qual a fome é o melhor tempero), penso que é isso, mesmo. Quem cozinha gosta do que faz. A gente prepara algumas coisas por necessidade, quando mora sozinho, quando não tem cozinheira em casa, quando não tem dinheiro para almoçar fora. Mas preparar algo por prazer, para agradar a você mesmo ou a pessoas queridas é algo que tem um pouco de mágica, como nos filmes O tempero da vida ou Chocolate. Parece que a pessoa se embriaga com aqueles aromas e fica querendo experimentá-los (no sentido de fazer experiências), combiná-los, harmonizá-los, misturá-los de forma a impressionar no final, resultando naquela sensação que começa na boca e vai nos fechando os olhos.

Por mais simples que seja a receita, o chef amador adiciona pimenta do reino (granulada na hora, claro), ervas, enfim, algo a mais. Porque ele adora criar, adora brincar com os gostos, as cores e os perfumes dos alimentos. E aí, eu me esbaldo. Como aconteceu ontem. Tá vendo aquela foto ali? A folha é couve. A textura é de batata palha. É uma receita de couve crispy, definitivamente, entre os 2 tops da minha lista de iguarias, junto com a banana verde em rodela finíssima frita, com sal. O momento de comer essa couve é tão especial que você até esquece dos outros pratos, ela vira prato principal e não, acompanhamento do lombo de porco. Ele prepara, põe em prática, eu fico longe daquele perigo de panela com óleo quente, aquelas chamas, aqueles utensílios cortantes... e como! Mas um casal equilibrado é assim: eu lavo e organizo tudinho depois. (rsrsrs)


terça-feira, 28 de julho de 2009

Poesia digital



Este poema foi feito a mão com muito custo (rsrs) em uma das oficinas de artes literárias do Festival de inverno da UFMG que rola agora, neste exato momento, em Diamantina. O poema é de minha autoria e sua tradução para o meio digital foi realizada por meio do programa FlashCS4, usando recursos de fotografia feita com câmera de um telefone celular e áudio captado com gravador em mp3. Eu não conhecia o flash e, então, recebi a preciosa ajuda das professoras Ana Paula Ferreira (faz doutorado na UFMG orientada pela Prof. Vera Casa Nova) e Audrei Carvalho (artista visual de São Paulo, estudou poesia concreta no mestrado).

Agradeço ao Jackson, por ter feito a voz e à Carolina, por ter tirado as fotos e desenhado o 'rabisco' junto comigo lá na quadra da escola estadual!

Valeu demais a experiência, confesso que pensei em desistir, voltar para Belo Horizonte, mas deixar um desejo incompleto...não. Agora, pelo menos sei como pedir um help a alguém mais experiente quando for começar um novo projeto como esse. E por ser o primeiro passo, considero que não está maduro o suficiente, mas é uma grande alegria e evoluirá. Sempre coletivamente.

domingo, 5 de julho de 2009

Santa Clara, clareai!

Beleza pura no clipe de Gringo Cardia. Diva Elza Soares e a linda Letícia Sabatela, cuja voz me fez cair o queixo com seu canto.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Para Peinha

e ele resiste...

A área de Edição da Faculdade de Letras convida para a

Festa do Livro
Dia 30/06, terça-feira, às 19h
No saguão da Biblioteca da FALE



Encontro com
jovens editores e tradutores

Lançamento e exposição de publicações
audiovisuais e performances

ps. na UFMG

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Playing for change



O vídeo fala por si só. Basta por o pé na rua para haver a possibilidade de alguém te insultar, te ignorar ou algo assim. No entanto, há também sempre uma pessoa disposta a um sorriso, uma mão estendida ou surpresas agradáveis assim. Não tenhamos medo.

domingo, 21 de junho de 2009

Degustação de cerveja




Ontem antes de sair eu chamei o Lu, meu cunhado, para beber comigo a cerveja que ele me deu e ele trouxe mais umas para a gente provar. São todas fabricadas em Belo Horizonte, com exceção da Baden Baden, que é de Campos do Jordão. São todas fantásticas, meu paladar só não tolerou bem a Medieval.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Par



Chaveiros que meu fofinho trouxe de Shanghai.

Feliz Dia dos Namorados


terça-feira, 9 de junho de 2009

I´m a bride


I could never love again so much as I love you

Take my heart, my eyes ’cause I need them no more
If never again they fall upon the one I so adore


Trecho de música do Dave Matthews


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tá acabando o papel


Sempre lemos sobre o fim do jornal impresso, o fim do livro e tal. Eu dava valor a essa informação, mas não acreditava muito na idéia; achava um pouco categórica.

Mas se o Jacyntho fala uma coisa, tá falado, o Baiano que o diga!*

Bom, então, o Jacyntho disse que não há dúvidas de que o livro, da forma como ele é hoje, vai acabar. O papel não será mais usado, dentro de alguns anos, como suporte do texto. [ecologicamente, é uma mudança positiva, se bem que haverá gasto de energia elétrica ou a produção de baterias aumentará – e eu não sei o tamanho do impacto das baterias, enfim.]

As tecnologias de leitura e escrita são diversas, exemplos delas: lápis e papel, teclado e tela. Hoje, século XXI, todo bebê (digo de 0 a 3 anos) tem contato com o computador e com o celular, máquinas que usam teclas. Mesmo assim, continuam sendo ensinados a escrever, primeiramente, com a tecnologia que utiliza o papel. Será que nossos bisnetos (ou netos, que medo!) aprenderão direto na máquina?

Não sei.

Só sei que tem isso aí, ó, Chicó: kindleDx.
Ele pode armazenar "uma porrada" de livros, periódicos, jornais e documentos. Pode também ler para você!
Nossa, eu gostei porque – além das razões óbvias – a coluna vertebral humana não vai se arrebentar com tanto peso daqui a ...
no futuro.

Hum... bem que o Jacyntho falou.


*Prof. Jacyntho Lins Brandão estudou línguas clássicas e é diretor da Faculdade de Letras da UFMG. O Baiano é aluno da Filosofia, eu não sei o nome dele.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Amor


Ouvi há uns dias, uma moça falar com a outra...

"É... coração dos outros é terreno que ninguém pisa, mesmo..."


Foto: capa do livro de José Rezende Jr., Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras estórias de amor).

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Energia em dia frio

Filarmônica de Minas Gerais no gramado da reitoria. Assim vale a pena se atrasar para a aula.

site da orquestra

terça-feira, 19 de maio de 2009

Autenticidade

Há um tempo eu tinha uma frase em mente:
"A felicidade está muito próxima da verdade." Não sei onde li... bom, naquele momento, eu dava os primeiros passos no aprendizado do auto-conhecimento. Comecei chutando o balde (com responsabilidade) e apostando tudo naquilo que realmente tem a ver comigo e que me dá prazer. Algumas leituras literárias, filmes, músicas, a convivência com diferentes pessoas...tudo isso ia acendendo na minha cabeça algumas luzes, sinais de alerta à percepção. A terapia de quase 2 anos com uma psicóloga deu o empurrão mais forte em direção às minhas verdades interiores.

Cada pessoa é única. Não existe cópia, não existe falta de originalidade em se tratando de ser humano, de indivíduo. O próprio significado do substantivo, na Biologia, é: ser particular de cada espécie. PARTICULAR!!
Há aqueles indivíduos (espécie humana) que copiam, copiam, copiam. Mal sabem eles que são singulares e, portanto, deixar de querer ser como o outro e de ver beleza apenas no quintal ao lado é fundamental para descobrir o eu. Isso não é fácil. O que quero dizer é que é uma maravilha.
Por isso, dou o link para o post da Raquel, do brechó Brilhantina (na Savassi). Leiam, por favor. Eu pensei em colocar o texto aqui na íntegra, com medo de que vocês não clicassem no link para ler.
Então, para aguçar a vontade, aí vai um pedaço:


eu estava construindo meu estilo, conhecendo e/ou reconhecendo minhas idéias, meus interesses e, portanto, separando-me das idéias e interesses dos outros.
escolhi o risco de ser criticada por não estar de longo em detrimento do risco de não me sentir confortável de vestidão. e, pelo jeito, acertei! não me senti mal em ser uma das únicas de vestido curto, as críticas não aconteceram - pelo menos, que eu saiba - e até recebi alguns elogios.
ao fazermos escolhas, escolhemos os riscos e nem sempre calculamos bem o que mais nos importa. a partir do momento, porém, que se torna mais claro, pra gente mesmo, qual a mensagem que queremos transmitir com a roupa que vestimos, erramos menos e nos preparamos melhor para as críticas que vierem.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hóspede peso pesado







Quarta-feira o Cláudio disse que ia viajar com a Zaide e perguntou se eu poderia ficar com o Gordo.
Impressionante como dá uma preocupação com o bichinho, dá vontade de chegar em casa rápido para colocar a ração, dá saudade!!
Quando ele vê uma pessoa, fica todo alegre, serelepe, mas não consegue pular. A forma de ele fazer festa é "nadando" no chão e virando a barrigona.
Tirei tudo lá da área de serviço (porque ele rói as coisas) e deixei apenas um caixote de madeira (seria a casinha dele), a vasilha de água e uns jornais. Forrei a casinha com jornal e uns panos velhos por cima.
Acontece que ele, ao invés de deitar lá dentro, entrou e começou a cavar e quando chegou no jornal, danou a rasgar com o dente e aí, o que eu arrumei direitinho pra ele, ficou uma bagunça!
O Bethoven* é um hóspede muito bom; fora os xixis feitos em qualquer lugar que der na telha e os cocôs cheirosos, para não dizer empestiados, ele é ótimo, não chora, não late, é bonzinho demais!!
*ele é um bulldog inglês neném, não sei de exatamente quantos meses.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

male/female

Sempre tive amigos homens, sempre tive muito mais amigos do sexo masculino. Isso acontece naturalmente. Eu gosto de conversar com homens; sem que eu perceba, o contato com aquele colega de faculdade vai se estreitando, tornando-se confortável e, quando vejo, já estou ouvindo e contando segredos.
Com o Dwight, meu melhor amigo da faculdade de Odontologia, a afinidade era com o jeito de estudar. Nós dois gostávamos de estar em dia com as matérias e de aprender de verdade, mas não éramos malucões como o Custódio, que comia livro. A gente estudava, mas dava uma parada para conversar fiado, íamos a todas as festas e topávamos até os programas mais estranhos, como subir o Ibituruna a pé. Daí, a confiança foi se fortalecendo e o carinho de amigo se sedimentou e existe até hoje, depois de muitos anos sem contato. As pessoas falam muita coisa irreal sobre dois amigos como nós, dizem que "rola um clima". Mas entre mim e o Du, o que rolava era a mais bacana amizade!

Ele era muito engraçado! Uma vez, peguei carona com ele de moto para ir pra faculdade, o ponto de carona lotado e, ao arrancar... a moto morreu!! Foi hilário! E aí, ele chegava para fazer trabalho em grupo com o capacete na testa e uma colega nossa: "A pizza é de quê, moço?"

Bom, contei a estória da amizade com o Dwight para dizer que ao longo da minha vida, às vezes, foi possível manter relações de "apenas bons amigos", como aconteceu com o Paulo e com o Alfredo.

Se não houvesse a possibilidade de uma amiga despertar interesse no amigo, eu teria muitos amigos homens mais do que tenho hoje. Mas tem hora que é preciso pedir para que a pessoa largue do seu pé. E aí, tchau, amizade! Você acaba tendo que abrir mão, mesmo, da convivência com a pessoa porque é necessário fazer escolhas e defendê-las. É importante dizer que o sentimento não é correspondido, que você está em outra e que, se os dois quiserem, a próxima escolha será a continuação da amizade. Ao contrário, se o sentimento amoroso for recíproco, será uma alegria.

E você, acredita que seja possível a amizade verdadeira, sem intenções sexuais, entre um homem e uma mulher?

Beijos.



terça-feira, 28 de abril de 2009

Chocolates Finos


Quando comia um dos chocolates da caixa da Godiva, escolhidos do menu que a acompanha, fechava os olhos para sentir melhor aquela textura, aquele gosto perfeito... e quando penso que não há nada melhor, abro um bombom Lindt e me emociono com tamanha maciez.

São finos, são divinos. Presentes do meu amor.


sábado, 11 de abril de 2009

Confiar

Com um ritmo maquinalmente marcado, o rapaz fala:
"Bom dia, senhores passageiros. Meu nome é Carlos, tenho 17 anos. Sei que quando entramos no ônibus, muitas vezes causamos transtorno na vida das pessoas, mas esta foi a única forma que encontrei de ganhar meu dinheirinho honestamente (dá o preço das balas). Agradeço ao motorista e ao trocador, que me deram a oportunidade e a todos pela atenção. Tenham um bom dia e uma ótima quarta-feira."

Eu presto muita atenção no Carlos desde o primeiro dia em que o vi no 5102, em 2007. Ele é muito inteligente, sei disso sem conhecê-lo porque sabe aquele menino que tem uma cara esperta? Parece que ele tem uma intimidade com o transporte coletivo, como se desde a infância tivesse convivido no meio, andando de ônibus pra lá e pra cá. O modo como ele se relaciona com as partes do veículo (barras, roleta, portas, sinal etc.), o modo como se ajeita lá na frente para conversar com o motorista dão essa impressão. Além disso, ele conhece todos os funcionários, os chama pelo nome.

Bom, eu nunca comprei nada dele.

Uma vez, ao ir embora da faculdade, à noite, me surpreendi quando, ao entar no ônibus e fazer o pagamento da passagem, vi que o trocador era o Carlos.

Eu dei um imenso sorriso e disse a ele: "Nossa, que chique!" Ele riu de volta, eu paguei e fui me sentar.

Passados alguns meses, ele entra no 5102 ali na Av. Catalão e acontece a situação descrita no início do post, como "nos velhos tempos", antes de o Carlos ser trocador.

Enquanto ele falava- e eu, como de costume, prestei atenção -, eu pensava: "você tem 17 anos desde 2007, quando entrei na faculdade de Letras; não, esta não foi a única forma que você encontrou de ganhar seu dinheirinho honestamente".

Fiquei querendo perguntar o que tinha acontecido, se ele havia saído da empresa de transporte... pensei: "quando ele passar aqui no meu lugar, vou perguntar".

Mas sei lá, fiquei tímida e aí não rolou. Fiquei na minha e pronto.
Justificar
O Carlos saltou e eu segui viagem.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tudo o que é sólido pode derreter



Esse é o nome de uma série que começa na TV Cultura. O público alvo é juvenil e é filmada em uma escola pública de verdade. A protagonista estabelece relações com personagens da literatura, como por exemplo, Capitu.
Achei o máximo quando vi (ou melhor, ouvi!) que a trilha sonora é da Érika Machado.

domingo, 29 de março de 2009

Novo eleito




Além do Pizza Sur Liberdade (foto), o novo bar que elegi como meu preferido em BH é o Espeto´s (não achei o link...), que fica na Serra, perto do Minas II.


Eu ia descrever aqui como é o bar, mas só indo lá para verificar! Tudo no cardápio é uma delícia, como as almôndegas com purê de abóbora, mas eu indico mesmo é a feijoada! Que delícia! É só pedir ao Coração, um garçom super simpático.

Para quem gosta de futebol, pode ir assistir ao jogo lá no Espeto´s sem perigo, porque o pessoal que frequenta é tranquilo, não tem "meninada", nem confusão.




Bom final de fim de semana!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Doce mundo Tom Zé

O show do Tom Zé no Palácio das Artes (pela Petrobras) foi um momento maravilhoso e memorável.
O Makely Ka abriu o espetáculo e eu achei que ele teve tudo a ver com o clima do Tom Zé porque é super bem humorado e inteligente, fazia "graça" o tempo todo com o público e, é claro, tocou seu ótimo som com mais dois músicos - um deles, da banda Somba.

O John e a Fernanda Takai estavam na platéia na fila ao lado da minha (ê...tô igual jacu!). Mas é que achei legal tê-los visto, acho que são um casal muito "na deles", principalmente o John, que não é nada "mídia". E a Fernanda é muito mais bonita pessoalmente... que pele! Como disse a Rosane, minha colega de trabalho, ela parece uma bonequinha! Ainda mais com aquelas roupas à la Ronaldo Fraga.

A chegada do Tom Zé e de sua banda ao palco foi fenomenal, cheia de alegria! O show foi cheio de humor, ironia, escracho, tiradas fantásticas, respeito, inteligência... enfim, um show de vida e humanidade. E o cara é muito jovial!!
(Nossa, tem um menino de 16 anos na banda dele, filho do baterista. fiquei imaginando: "Pôxa, o que esse menino não vai vivenciar com o Tom Zé, com essas ironias todas... que privilégio! Será q ele entende tudo o que é dito?")

Depois que acabou o show, eu comentei com o meu namorado: "Ele deve sofrer muito (o Tom Zé)" e ele: "Por quê?" "Por ver uma Wanessa Camargo ganhando mihões... porque ele é muito inteligente... a cultura sendo ferida... ele deve sofrer muito."

Seria tão bom um Brasil "tão zi" !!!


ps.: ele disse que os gringos chamam ele de Tão Zi, "aqueles analfabetos"!

terça-feira, 17 de março de 2009

Socialismo

Um outro mundo é possível.

O que será que aquela moça com o namorado está achando da fala da economista esquerdista? E aquele senhor? Que opinião estará formando durante essa fala? Fico preocupada com a possibilidade de essas pessoas não ponderarem sobre o que está sendo dito. Sim, porque nem todas as faculdades particulares têm baixa qualidade de ensino, o curso de Turismo deve ser considerado, sim, um curso de graduação (tanto que já o é há anos), o movimento estudantil luta, sim, pela representação discente em várias instâncias e a Universidade Federal continua sendo um ambiente de discussão.

Todas essas questões são levantadas por causa de um saudosismo incrustado, de uma época em que as pessoas eram tolhidas, ameaçadas e torturadas. Felizmente, a luta empreendida em nome da liberdade e da democracia valeu a pena e quem viveu e pôs a boca no trombone no período da ditadura contribuiu para a conquista de um país melhor para todos nós, que viemos depois.

Nem por isso se pode dizer que a UNE ou os DCEs que existem hoje, no século XXI, não têm voz ou não a fazem valer. O fato é que as lutas de hoje são outras, as preocupações se referem a outros assuntos. E talvez quem critique, sequer marcou presença em alguma reunião de DCE ou procurou se inteirar das decisões tomadas nas assembléias durante as ocupações de reitoria (movimentos que tinham até blog, com escassos comentários em seus posts). A impressão que dá é a de que, se não houver confronto com a polícia, se não houver passeata, o esquerdista radical pensa que não há mobilização.

Cada um se posiciona à sua maneira diante do que acontece no mundo, às vezes, de forma extremada - o que, a meu ver, é até melhor do que o oposto: não se posicionar, acomodar-se, não enfrentar. Isso, sim, me tira do sério e muda o marcador para momento tolerância zero) - e mostrar o que pensa é saudável. Daí a desejar homogeneizar os modos de vida e os pontos de vista... são outros quinhentos.

É por isso que eu vibro quando o Anthony Bourdain declara ódio aos vegetarianos! (e, neste ponto, eu gostaria de tirar uma dúvida, numa boa, com os adeptos: planta também não é viva? Então. Vocês poderiam me esclarecer por que a camisa vestida no Fórum Social Mundial dizia que estaríamos poupando x vidas ao nos tornarmos vegetarianos?). Acredito que a causa do grupo não seja motivo de protesto. É uma escolha, uma posição diante do mundo ou uma necessidade (sei lá, às vezes a pessoa não gosta de carne, como eu não gosto de arroz ou não tolera o alimento). Fato é que todos os médicos ponderados recomendam que se coma de tudo (em porções moderadas, nada em exagero, e tal).

Escutar os dois lados envolvidos e mais de dois, quando for o caso. Assim se formam as opiniões, se convive melhor e se constrói um novo mundo possível, ao qual os socialistas e esquerdistas radicais tanto se referem.






segunda-feira, 2 de março de 2009

Viamundo

No final dos anos 80 e começo dos 90, gostava muito de ouvir as rádios Galáxia e Vanguarda, em Ipatinga, minha cidade natal. Nesta época eu era "teen". Adorava preparar a fita K7 para soltar o "rec" bem na hora daquela música bacana! E também ligava para a rádio e fazia meus pedidos. No carro, meu pai me perguntava: "Quem está cantando, Ju?" eu respondia: "Paralamas do sucesso."

Em BH - na época do vestibular, já com 18 anos - um belo dia sintonizei na Inconfidência (100,9 fm). Um outro belo dia, ouvi o programa do Tuti Maravilha. A rádio sempre me fez companhia aqui na cidade. E há uma música que diz:
"sou sua amiga, sou brasileiríssima e não importa onde você estiver, estou sempre com você. No seu momento mais bonito e nas horas de tristeza e solidão/eu quero estar ao seu lado/no ritmo do seu coração"

Brasileiríssima é o "apelido" da rádio Inconfidência porque ela só toca música nacional de qualidade. É bem parecida com a MPB fm, do Rio.

O rádio sem dúvida é capaz de fazer companhia. Às vezes, ligo enquanto arrumo a casa, o quarto, só para alegrar o ambiente e ouvir um repertório mais variado, diferente dos cds que ficam ao lado do som.

Aqui em BH, a relação das pessoas com o rádio é muito forte. Os taxistas ligam na Itatiaia para se inteirarem da situação do trânsito, os trabalhadores ficam ligados na previsão do tempo, os torcedores levam o radinho de pilha para o Mineirão e depois do jogo, escutam os comentários sobre a partida. A audiência da rádio é altíssima.

Na Inconfidência, me impressiona a qualidade dos programas. Uma vez eu fui até lá pessoalmente, quando ganhei um cd do Lobão e uma revista, brindes do programa Bazar Maravilha. Fiquei surpresa com a simplicidade da estrutura da rádio (que é pública, pertence ao estado, se não estou enganada).

Bom, fato é que hoje estréia o Viamundo.

Mais um ponto para o rádio brasileiro. E tem gente que diz que a rádio, como mídia, está morta.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ouros

Uma vez, a "tia Julinha", mãe de uma grande amiga, ao despachar uma pequena tripulação a bordo de um barco - em que comeríamos espagueti à bolonhesa -, disse ao barqueiro: "tome cuidado porque essas meninas são de ouro, hein!".
Eu sempre me lembro dessas palavras, que me fizeram sentir importante, preciosa para alguém, me fizeram carinho e me protegeram.
Essa frase para mim foi tão preciosa quanto a amizade que tenho por algumas pessoas e que recebo delas.
Eu adoro carnaval. E isso deve vir de ancestrais porque minha mãe é de família pernambucana e é uma pessoa super animada, cheia de energia, que não fica sem dançar nas festas. Nós sempre vamos ao banho de mar à fantasia, no sábado de carnaval, em Manguinhos (ES), mas este ano não deu.
Ela ficou de lá transmitindo animação e incentivando nossa ida ao carnaval das cidades históricas. É o tipo de folia que me agrada: bandas tocando marchinhas, blocos caricatos, pessoas fantasiadas curtindo uma alegria coletiva e uma brincadeira saudável.

Sem amigos, nada disso teria se realizado para mim.

Obrigada, Maurício e Bi, pela linda terça-feira de carnaval em Sabará.
E já que é assim, que estou always in love with my friends...
obrigada, Helena e Regis, pelas abdominais de risadas; obrigada, Cláudio, pelos encontros gastronômicos ao som de música brasileira boa; obrigada, Jomar, pelo prazer que você sente em agradar e pelas ótimas histórias!

O que eu quero é estar com meus amigos!

SEMPRE





quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ângulo de visão


Dali, ela se esbalda livremente, como é simpática, interessante! Dali, troca 6 por uma dúzia, mas isso é tão normal! Deixa o gás aberto, a cebola no fogo (aceso) e sai pra rua. Ué, normal! Deixa a porta aberta, e os outros moradores? Uai, acharão normal! Pega o prato de um que colaborou no preparo - "ei, tô comendo nesse prato!" - e dá pra outro, que nem era convidado, dizendo: "tá nada!" Deixa caco de vidro na pia.
MAS ISSO É A COISA MAIS NORMAL DO MUNDO!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Surreal ou Sob o real

e ela notou a possibilidade da realidade sobre a delícia do que o underground da experienciação lhes proporcionava, ele que acontecia.

Olhou para trás, em direção às duas. Retardou o passo. Parou no bebedouro. Espiou pelo corredor.

Prosseguiu. Sob, sub, under.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Crescer


Volta e meia

muda

troca de opinião

muda

troca de profissão

muda

troca de endereço, de cidade, de namorado

e o nome não muda

o eu não muda

então...

eu, aparece pra mim!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Malas prontas

Convenci a Bi a ir comigo e já compramos até o lanche no supermercado, mas ela comeu antes da hora e ficou lá estrebuchando, com dor na barriga.
Vamos hoje à noite. Minhas coisas já estão prontas; as dela, não. E até agora, não voltou da praia.

Eu amo a minha irmã!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Escritos de bar

Pensado e escrito pelo Lino em um papel no bar Cochicho da Penha.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

40 graus

Não dá para ficar sem barraca na praia hoje. Na sombra, a gente suporta por mais tempo o calor de 40 graus deste verão, deste fevereiro de 2009. Um tempinho ali debaixo da sombra e dá aquela vontade de entrar na água. E ela está translúcida! Mas também gelada! Dentro do mar - azul - é possível sentir até frio. Parece que a água te faz sorrir quando você é tocada por ela. E aí, já quer voltar para a areia de novo e sentir o "quentinho" do Sol, mesmo debaixo da barraca. Esse vai-e-vem, entre picolés, águas de côco ou minerais e olhadas nos corpos, faz de um dia de praia um dia diferente dos outros.

[O título do post é o nome do esmalte que tô usando...]

Agora lembrei daquelas músicas dos anos 80, estilo Uma noite e meia, com a Marina Lima: "vem chegando o verão, o calor no coração, essa magia colorida, são coisas da vida, não demora muito agora, toda de bundinha de fora, topless na areia, virando sereia, essa noite eu quero te ter, toda se ardendo só pra mim, essa noite eu quero te ter, te envolver, te seduzir...".

Ai, que delícia! Um MC desses tipo o Marcinho, ou o Leozinho podiam fazer uma versão para essa música, não?

Será que tive uma ensolação?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

É assim, mas não tem que ser assim

[O título deste post está em uma das frases ditas n´O curioso caso de Benjamim Button.]

As pessoas têm preconceito contra mulher solteira. A mulher divorciada não sofre preconceito (pelo menos, não tanto, creio eu) porque já casou, então, "tá perdoada". Já a viúva, segundo a irmã de minha madrinha, sofre tanto preconceito quanto qualquer outra; ela jamais imaginou que passaria por isso.

Por que é que todo mundo tem que casar? Por que é que todo mundo tem que ter filho? Mais: por que é que todo mundo tem que casar dentro de uma faixa de idade? Onde está tatuado no corpo da pessoa a sua validade? A maturidade não ama? Não dança, não se diverte, não contribui com o turismo, o comércio, a cultura?

Formulei uma hipótese para a inexplicável preocupação: a cobrança pelo casamento se deve à necessidade de mais gente sobre as quais falar mal. Sim, porque se você está sozinha, os coitados só têm um assunto. Agora, se você se casa, há o marido em quem descer o pau, a família do marido, depois os seus filhos, motivo de disputa, competição: o meu é mais isso, o seu é mais aquilo...e o circo pega fogo, a sua cabeça não escapa das chamas... esquenta! E todo mundo fica vivendo para os outros, a serviço da peneira, aquela que tapa o Sol, sabe?

Uma mulher que me pergunta se li Marley e eu, se assisti ao filme, mereceria uma resposta tipo: "Não li, não quero ler e tenho raiva de quem leu."
Porém, me ative apenas ao: "Não."
Mas a certa altura da conversa, sobre a idade de casar, fui um pouco impaciente e - não tem jeito, sou assim, posso tentar melhorar na terapia - fico com isso na cabeça, com raiva, pensando na resposta que poderia ter sido dada e não foi.

Por sorte, lendo dois posts da Bi, fui lavada na alma. Pena que a mulher nunca terá acesso a isso porque a cabeça é tão... a pessoa é tão mentecapta que não capta o que o mundo está dizendo a ela.

link 1 - link 2

As pessoas podem fazer suas opções, todos são livres para escolher como querem viver; cada pessoa estabelece um tipo de objetivo em sua vida pessoal, porém, ninguém tem o direito de cobrar do outro uma opção idêntica à sua.





segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Rainha do mar


Hoje é aniversário da minha linda mãe e dia de Iemanjá.

Viva a cultura afro-brasileira e viva as pessoas que têm fé.

Foto: Lidia Luz

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Segundona

Eu ainda tô de férias, mas trabalho, estudo, labuta... serão o tema do post de hoje (que vale para amanhã, segunda-feira, devido ao horário da postagem).

Bom, eu fiz uma descoberta importante e maravilhosa para a minha vida há uns anos. Que é possível a união de trabalho e prazer. Antes de descobrir isso, eu achava que trabalho era uma coisa - feita de segunda a sexta ou de segunda a sábado - e prazer, outra - desfrutada nos fins de semana, nos feriados e férias. Agora, está tudo integrado na minha vida! O trabalho, o estudo, o prazer, eu mesma, é tudo uma coisa só e o orgulho de dizer às pessoas o que eu faço é outra satisfação muito grande.

Há pessoas que 'funcionam' fazendo o que não gostam, porque, segundo elas, aquilo é o que as proporciona dinheiro para realizar o que desejam.

Comigo é assim: se eu não gosto de um trabalho, eu não sei ficar nele, mesmo precisando daquilo. O que eu faço é partir pra outra e tentar. Eu sei que sou privilegiada por contar com o suporte dos pais, mas, de qualquer forma, eu não fico lá. Saio atualizando currículo, imprimindo, distribuindo.
Por outro lado, se gosto de um trabalho, porém, sou mal remunerada, eu fico nele (caso não haja outro melhor em vista).

E, hoje, uma reportagem no caderno Empregos do jornal A Gazeta (Vitória-ES), de título: "Profissional insatisfeito é presa fácil", traz exatamente algo que vem corroborar com meus sonhadores pensamentos.

Transcrevo o trecho:

"Para os consultores de Recursos Humanos, os profissionais que mais devem temer a crise são os que usam a carreira como uma simples forma de ganhar dinheiro, um erro que, infelizmente, vem desde o início da vida profissional.

'Somente 30% dos universitários escolhem aquelas carreiras que os realizam como pessoas. O resultado disso é um enorme contingente de profissionais insatisfeitos e desmotivados, o que os torna presas fáceis da substituição ou de processos de demissão', alerta a vice-presidente de Relações com Universidades da ABRH-Nacional, Maria Inês Felippe.

Segundo o gerente geral da Randstad Company em São Paulo, Sean Hutchinso, a maior crise é aquela que o profissional vive dentro de si. 'Se você não tem ânimo e empenho para buscar os resultados, então este é um claro indício de que você vive uma crise profissional', justifica.

A presidente do Grupo DMRH, Sofia Esteves, diz que o segredo está em unir o útil ao agradável. 'É possível gostar do que se faz e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. As pessoas precisam compreender que o trabalho não é só fonte de renda, mas também de realização', ressalta."


sábado, 31 de janeiro de 2009

Momento Fotolog





Como estou em férias, vou fazer um momento fotolog porque não resisto à vontade de mostrar essa lindeza - como diria meu amigo Cláudio! - que é a Igrejinha dos Reis Magos, em Nova Almeida (ES).
Lá, encontramos as gracinhas de meninos, o Wesley ("com w!", disse ele) e o Lucas, que nos mostraram a igreja todinha; foi um passeio completo no pátio interno e até lá em cima, nos sinos. Achei superinteressante uma das paredes ter sido construída com pedras do mar, conchas e cal.

A igreja foi fundada pelos jesuítas por volta de 1580. Foi tombada em 1943, pelo IPHAN e daí até 2006, recebeu várias obras de restauração.

Depois da praia, almoçamos no Ninho da Roxinha, um cantinho muitíssimo agradável, que fica em um lugar privilegiado pela vista, cheio de pé de acerola, flores, gramado, sombra e, ainda, uma piscininha nada mal !

Antes de ir embora, passamos para pegar os deliciosos e famosos quindins de Nova Almeida.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dicotomia mia!

Lágrimas de diamantes
À noite, lágrimas de diamantes
De dia lágrimas, à noite amantes
Lágrimas de diamantes

Lágrimas de diamantes
Letra e música: Moska

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

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"In the 21th century, security is shared. (...) We want to give security not only to our own country, but all around the world."

Ouvi pela CNN, de Barack Obama em seu segundo dia de trabalho como presidente dos Estados Unidos.
As primeiras providências esperadas pela população mundial foram, realmente, as tomadas por ele logo após a posse. São elas as questões da prisão de Guantánamo, a paz no Afeganistão, no Paquistão e na Faixa de Gaza. Obama disse que os EUA não irão mais torturar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Capitu

Foto Minha: Largo do Boticário, Rio de Janeiro

Estou a três páginas de terminar Dom Casmurro, que ganhei da Bi, de aniversário.
Já havia lido no colégio, mas achado chatíssimo, como diria José Dias. É que, naquela época, eu não me deliciava nas aulas de Literatura (rsrs). Passados alguns anos, eis que estudarei "Estudos Temáticos de Literatura Brasileira: Teoria do Romance em Machado de Assis", a partir de março.

Sobre a minissérie, lembrei de um comentário que pode ser do Herbert Vianna, veja bem, pode ser, porque não quero coisas com processos... como (argh!) enchem o saco por aí... bom, sei que uma voz disse:
-A Ivete Sangalo canta lindamente, é ótima, o que estraga é o repertório.
Divagando aqui e comparando a dita cuja com a Rede Globo (para quem ela trabalha, não?), eu diria que a emissora é excelente (aliás, já comentei com minha amiga jornalista Regina Célia que, às vezes, a imagem de todos os canais está fora do ar, chuviscando, passando aquelas listras, e aí, eu passo para a Globo, para tirar a teima, e a danada tá lá, com a imagem nítida, linda de morrer, sem um pontinho na tela). Pois, é, além da tecnologia, ou sei lá o que é aquilo, tudo é muito bem feito, bem produzido... o que estraga é o repertório, ou melhor, a programação.

Mas hei de admitir que as minisséries são ótimas. E, então, alertada pela Bi, fui assistir a Capitu. Mas se você gostou tanto quanto eu, me diga onde se encontra o dvd, porque procurei no site e não há ainda.

Há uma música que adoro, cantada pela Ná Ozetti, escrita pelo Luiz Tatit. Olha que linda!

De um lado vem você com seu jeitinho Hábil, hábil, hábil E pronto! Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo sábio, sábio E todo encanto Canto, canto
Raposa e sereia
Da terra e do mar Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante

Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante

Um método de agir que é tão astuto Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular

Capitu

A ressaca dos mares

A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu

A mulher em milhares

Capitu
De um lado vem você com seu jeitinho Hábil, hábil, hábil E pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo sábio, sábio E todo encanto Canto, canto
Raposa e sereia
Da terra e do mar

Na tela e no ar

Você é virtualmente amada amante

Você real é ainda mais tocante

Não há quem não se encante

No site o seu poder provoca o ócio, o ócio Um passo para o vício, o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar

Capitu
Feminino com arte
A traição atraente

Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site

Capitu
De um lado vem você com seu jeitinho Hábil, hábil, hábil E pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo sábio, sábio
E todo encanto Canto, canto
Raposa e sereia
Da terra e do mar

Na tela e no ar

Você é virtualmente amada amante

Você real é ainda mais tocante

Não há quem não se encante
Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular

Capitu

A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu