quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A lírica trovadoresca

Esse é o título do livro pelo qual estou encantada. Transcrevo um trecho de poema do trovador Cercamon (século XII).

II - 6

O amor é doce quando chega ao coração, mas amargo quando se despede, pois hoje vos fará chorar, amanhã vos traz alegre ou desequilibrado; sim, do amor tenho experiência; quando mais supunha está-la servindo, mais mudável comigo se mostrava.


SPINA, Sigismundo. A lírica trovadoresca. São Paulo: Edusp, 1996.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

baixou a esposa em mim!

Mesmo tendo muito o que estudar, tem dias em que não quero me concentrar nos livros, prefiro ficar organizando as coisas em casa. vou lavar a louça da cozinha, lavar roupa, tirar a poeira da estante, organizar os papeis da gaveta, separar as roupas que não uso mais...

e nesta segunda-feira a 'entidade' da dona de casa baixou legal em mim! Além de deixar o caos da pia da cozinha super clean, pôr uma mochila de molho no vanish, uma blusa para 'quarar' ao sol e organizar meus livros e papeis, resolvi deixar uma ceia bem gostosa pronta para quando meu marido amado chegar. Vou fazer uma sopa (nada melhor que um caldo, um creme, consumé ou sopa depois de um dia de trabalho, não?). Então, fui até a feira que tem aqui perto com minha eco bag, realmente me sentindo uma perfeita chef ou esposa moderna! Trouxe todos os ingredientes, lavei, preparei e vamos esperar o resultado; está tudo em andamento.

Além disso, estou escutando rádio.

Ai, se a realidade fosse assim...slow...como eu sou...



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

para Bi

amoras

uma tarde dessas, logo após o almoço no bandejão, vinha eu descendo o caminho depois da escadaria e, em torno dos pés de amora, três rapazes. Um conhecido. Ele acompanhava minha descida. Olhei bem para ver se era mesmo o Paulo, meu grande amigo. E era. Quando me aproximei e entrei embaixo dos galhos, à sombra das pequenas árvores, ele disse: "Você é muito bonita, menina."; dei um abraço nele, ele me apresentou seus companheiros e o que estava lá em cima do pé de fruta, falou do alto:

–Se eu cair e perguntarem, digam que morri de amoras!

Bom, em seguida, chegou uma menina para se juntar a eles e almoçarem. Ela me perguntou se eu havia comido amora: "comeu amora hoje?". Eu respondi: "hoje, não. comi muito na minha infância, em Ipatinga."

Então, me veio à cabeça uma ideia para escrever em meu lindíssimo 'moleskine' (agora aprendi o que isso significa! E ganhei um especial). Escrevi a cena em que eu estou sentada no meio fio da rua, a roupa toda manchada, dizendo:

–Estou bêbada de amora!