quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Hábito

Bom ler a entrevista do Chacal que a Bi indicou.
Já sou, então, que seja.


Hábito

Por onde anda a cabeça
Interruptor de idéias
Caminho tortuoso de escolhas
Mandala de vícios
Impregnados por nicotina, suor, rancor
Por onde anda a cabeça
Que tomava metrô, guaraná
E da porta pra dentro
Agora se esquece como se faz
para amar.

Juliana, em 2003 ou 4.

parênteses:(hoje, ao sair da aula, vi uma faixa na fafich, com os dizeres: "27 de agosto, Dia do Psicólogo". Parabéns! Eu adoro os psis, especialmente o Nelson, a Su (quiatra) e a Daniela!)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Eu comigo

Pensei em ficar sozinha a semana inteira, evitar contatos, ficar só.

Mas meu horóscopo falou:

Um dia quase perfeito, pelo menos no plano astral. Se o assunto for amor, conexão, responsabilidade e esperança são conseqüências previsíveis de sua atenção, cuidado e desvelo. O mar de afeto onde você precisa mergulhar tem a ver com saúde e disposição futuras. Isolamento esterilizaria sua imaginação.

Ah! Citar a fonte da previsão astrológica, não é? A Bi que me indicou e é batata! Quem faz é a Barbara Abramo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Aos cuidados dos meus vizinhos

_Olá! Trouxe um presentinho para seus cachorrinhos! Uma caixinha de veneninho!

sábado, 23 de agosto de 2008

Montanha-russa

Depois do almoço, vem a tarde.
Tenho uma questão a resolver.
Reviravolta.
Tento, mas não consigo me concentrar em estudo.
Vou colocar as roupas para lavar. Lavo duas blusas à mão porque são bordadas. Uma, deixo na água com amaciante, para amaciar e perfumar.
Recebo uma ligação.
Pré-aqueço o forno. Coloco os pães de queijo no tabuleiro.
Faço limonada e café, com um pó chique, do Santa Sophia, que ganhei.
Recebo visita.
Choro.
Louca para tomar banho, vestir pijama e ir para a cama.
Subo na cadeira para pegar o livro que o Alfredo me deu. Está guardado em uma pequena pilha que fiz com o título - gravado em minha cabeça - "livros a ler".
O título é A ponto de explodir.
No primeiro conto:

Às vezes você está se sentindo bem, leve, vontade de ver alguém querido, bater papo tomando refri numa mesa de calçada - de repente você não está legal, uma nuvem tipo a dos quadrinhos sobre a sua cabeça, um pano de chão sujo e úmido envolve seu coração, a ansiedade te faz olhar pras paredes e achar que se o teto caísse agora "tudo bem, ao menos isso".

E aí, me lembro de uma vez em que disse, adolescentemente:

_Mãe, a vida não é roda gigante, não, é montanha-russa!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Minha amiga verdadeira.


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Proteção

Acho que, daqui a pouco, vou ter que começar a andar com ramo de arruda atrás da orelha e réstia de alho pendurada no pescoço.
Você sabe de mais alguma simpatia contra inveja e mal agouro?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nome próprio vence o Festival de Gramado como melhor filme e Leandra Leal , como melhor atriz.

ps.: é impressão minha ou os filmes do Domingos de Oliveira não chegam a BH?

sábado, 16 de agosto de 2008

Esforço (sobre)humano


Ontem eu assistia à televisão de noite e começou um documentário (tv cultura) sobre o professor Hermógenes. O título era: Hermógenes e o subtítulo: Deus me livre de ser normal.

Estava tão interessante que fui até o final, mesmo com sono, ouvindo as palavras dele, os depoimentos de praticantes de hatha ioga, vendo as imagens dos exercícios, das reuniões de grupos de variadas religiões (o professor Hermógenes era um ecumenista) e sentindo como é bom respeitar o Deus de cada um, integrar-se com o seu próprio Deus e tentar, pelo menos tentar, ficar em paz no mundo.

A yoga deve ser uma viagem... eu sempre tive vontade de fazer. Qualquer exercício físico é uma forma de contato com o próprio corpo. Uma maneira de conhecer melhor as nossas capacidades e saber quais são nossos limites.

Mas a yoga é um exercício também mental e espiritual. Estou dizendo isso como leiga. Mas é uma informação que todo mundo tem. Essa integração entre o ser humano e um ser divino foi mencionada pelo professor como o objetivo da yoga e, ainda, como meio para se viver bem.

Uma das professoras de ioga disse que mais importante do que dar anos à vida é dar vida aos anos.

Aproveito para prestar uma homenagem a Dorival Caymmi, porque tenho muito orgulho de ser brasileira por causa de uns e outros como ele. Caymmi não é apenas o sobrenome de uma família de artistas baianos. É uma filosofia de vida.

Foto:
Flickr


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Odes Sáficas I

(...)

Assim eu vivo regaladamente;
Livre de laços, livre de perigos,
Durmo tranquila; ou de sentinela
Guardo-lhe a lira.


José Bonifácio

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Comer todos os doces da casa



Letra para prestar atenção.
Há dias que são assim. A gente faz tanta coisa, trabalha num "batidão", vai para outro compromisso depois, vai para a aula à noite e...vai para a casa e ainda precisa ligar o computador para enviar um e-mail urgente.
Ou para atualizar o blog urgentemente.

E aí, o tempo passa assim, ó: num piscar de olhos, num estalo.

Para comer tantos doces, não preciso estar ansiosa. É necessidade de formiga. Uma panela de brigadeiro é "mole pra nós"!

Pirraça

Passa o tempo sem demora
Quando não penso nas horas
Os ponteiros do relógio
Fazem voltas se não olho

Mas quando acendo o fogo
Para fazer um café
Vejo o tempo parar
Pra água ferver
Parece nunca acabar, espera sem fim

06:04; 06:05; 06:05; 06:05
Esperando o apito da chaleira
Vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça

Quando à tarde no trabalho
Quero que o tempo passe
Os ponteiros do relógio
Só me dão o tique-taque

Quando eu encontro os amigos
Para tomar um café
A rapidez que não tinha
Sem disfarçar
Parece brincadeirinha
Pega-pega

Quando paro que olho as horas
Para o tempo que me olha
E espero ansiosa
Vou comendo a casa
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros

E vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça

Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba


Músicos:
Bateria - Sly Dunbar
Baixo - Robbie Shakespeare
Percussão - Sticky
Percussão - Don Chacal
Guitarra e sintetizador - Kassin
Relógio - Mario C

Adorei esse disco da Vanessa da Mata.

domingo, 10 de agosto de 2008

Acabou, boa sorte.

Os términos não têm que ser iguais aos da Camila e do Felipe, iguais aos dos curta-metragens que começam com uma briga entre gritos e xingamentos. Nas novelas, essa cena acaba sempre com um beijo.
O término pode ser com um abraço, um sorriso, em tom normal de voz.
A gritaria no término já é clichê. Acho que nem existe mais.

sábado, 9 de agosto de 2008

Amor, próprio.

O amor ao outro começa pelo amor-próprio.



Uma fase de baixa-estima. Um período de tempo fazendo sexo de uma noite, por prazer, por cair em tentação. Não havia envolvimento algum. A atração não era física, mas química. O jeito daqueles homens a atraía, masculinos, sexies, ávidos, seduzidos.

Não desejava ser vista com nenhum deles. Tudo se dava em lugares pessoais, dos quais eles possuíam a chave. Entrava, pouquíssimo, em um breve passar de minutos, ouvindo suas falas, na vida daqueles indivíduos, os quais, por vezes, eram interessantes, por outras, filhos e namorados comuns. Ela ria, sem nenhum envolvimento, mas, às vezes, com carinho.

Ouvia os comentários sobre sua carne, sua pele, sua boca, sentindo-se linda.

De volta, entrava sob a água, que revitaliza, e molhava os cabelos, fechando os olhos, se gostando.

Não tinha sossego em lugar algum. Não conseguia a tranquilidade que a permitisse escrever. Ele não era nenhum deles.

Não precisava de álcool para atender a seus prazeres. Se bebia, perdia a força e tudo era ausência. Tudo era depressivo. Jogava longe a lembrança.

Então, encontrou o que realmente a fez querer prestar atenção. Assim, de repente, em alguém que combinava com ela, que era forte e se posicionava. E entrou loucamente a trabalhar, a criar, a produzir, a tocar sua vida adiante, a fechar os olhos e sentí-lo.

Sentiu, com a sua mão, a presença. E continuou a frutificar.
Só quando esteve, por poucos meses, com o amor, é que teve paz.



Esse texto não é sobre o filme. No entanto, algumas passagens - especialmente, a cena da calma - me marcaram e sobre elas, tive vontade de escrever, até como exercício de auto-conhecimento, não é, Daniela?

Blog Leandra

sábado, 2 de agosto de 2008

Petit gâteau

Chocolate derretendo... a consistência molenga do chocolate é a que eu mais gosto.
Nada de colocar a barra de chocolate na geladeira! Ela fica com uma consistência estranha, fica dura, cheia de manchas brancas... argh!

Chocolate recheado com chocolate também é uma maravilha. Assim: bombom de brigadeiro, trufa, petit gâteau! Tudo mole, cremoso!

Ontem eu descobri o melhor petit gâteau de Belo Horizonte. Ele fica no Marquês.
Bar localizado na rua Marquês de Maricá, 56, no Santo Antônio.

Ele está bem escondidinho no cardápio, na parte final, das sobremesas. Parece um petit gâteau comum, ofuscado pelo chocolate quente, o qual vem acompanhado da descrição de seu preparo.
Peço, sem expectativas, imaginando saborear um petit gâteau. Apenas isso. Um delicioso "bolinho" com chocolate quente escorrendo fabulosamente no prato.

Mas o que sinto é uma espetacular emoção de prazer e de gosto autêntico de chocolate. A calda é muito farta e negra.

Maravilhoso.
Não encontrei uma foto à altura. Imagine.

Link para o vídeo do Olivier Anquier, não apenas pela receita de "petit" (para os íntimos), mas porque o site é lindo.