quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Delícias de se casar com um chef



Até imagino, às vezes, certas receitas ou me despertam o interesse quando vejo o preparo na tv ou a foto na revista. Mas raramente ponho a mão na massa de fato. Já disse que não sinto prazer cozinhando, só que o interessante é que as pessoas me dizem que o que eu faço fica bom. Deve ser detalhismo de capricorniana; realmente eu capricho quando dá na telha cozinhar. Minha mousse de chocolate, tirada de uma receita na lata de creme de leite, cá pra nós, é maravilhosa. E sempre acho legal enfeitar os pratos: colocar uma canela em pau ao lado da xícara de chocolate quente, um raminho de manjericão em cima da massa, uma pimentinha biquinho no caldo. Como muito pelo visual, por isso gosto também de colocar os pratos em travessas legais, coloridas, modernas ou rústicas, de acordo com o tipo de comida.

Lá em Diamantina eu tomei um chocolate quente muito, muito delicioso. Foi lá na Castevi (?), será que é esse mesmo o nome? Bom, fica em frente ao restaurante JK (3 por 5). E, para meu gosto, é melhor que o chocolate do Café lado B, que é mais caro. Bom, a dona de lá é toda conversadeira e nos contou a receita: leite, creme de leite, chocolate meio amargo derretido e essência de amarula. As medidas são no olho. Segundo ela, cozinha é amor. Ela faz também trufas, barrinhas de chocolate, espagueti, e um pão de queijo daqui, ó!!

Pois, é. Quando ouço as pessoas falando assim... amo cozinhar, o tempero é o amor (apesar daquele ditado segundo o qual a fome é o melhor tempero), penso que é isso, mesmo. Quem cozinha gosta do que faz. A gente prepara algumas coisas por necessidade, quando mora sozinho, quando não tem cozinheira em casa, quando não tem dinheiro para almoçar fora. Mas preparar algo por prazer, para agradar a você mesmo ou a pessoas queridas é algo que tem um pouco de mágica, como nos filmes O tempero da vida ou Chocolate. Parece que a pessoa se embriaga com aqueles aromas e fica querendo experimentá-los (no sentido de fazer experiências), combiná-los, harmonizá-los, misturá-los de forma a impressionar no final, resultando naquela sensação que começa na boca e vai nos fechando os olhos.

Por mais simples que seja a receita, o chef amador adiciona pimenta do reino (granulada na hora, claro), ervas, enfim, algo a mais. Porque ele adora criar, adora brincar com os gostos, as cores e os perfumes dos alimentos. E aí, eu me esbaldo. Como aconteceu ontem. Tá vendo aquela foto ali? A folha é couve. A textura é de batata palha. É uma receita de couve crispy, definitivamente, entre os 2 tops da minha lista de iguarias, junto com a banana verde em rodela finíssima frita, com sal. O momento de comer essa couve é tão especial que você até esquece dos outros pratos, ela vira prato principal e não, acompanhamento do lombo de porco. Ele prepara, põe em prática, eu fico longe daquele perigo de panela com óleo quente, aquelas chamas, aqueles utensílios cortantes... e como! Mas um casal equilibrado é assim: eu lavo e organizo tudinho depois. (rsrsrs)


Um comentário:

Gabriela Galvão disse...

Eu gosto dos dois lados...

Ultimamente 'a dona da cozinha' tem ateh dado mais espaço p eu praticar, e eh sempre bom!

Qro aprender essa couve aih!!!


(Fui lah no Escrita... Cabô, como imaginei.)


Bisous!