terça-feira, 29 de abril de 2008

De volta a BH

Foto: Juliana


Estive em Vitória esse fim de semana. Essa é a ilha que fica na praia de Camburi, atravessando a rua lá de casa (delícia). Eu e a minha irmã fomos até lá algumas vezes, a nado. Mas tenho um pouco de medo porque no caminho há muito peixe, arraia e até tartaruga. Não há motivo para ter medo desses bichos marinhos (exceto da arraia, que pode, realmente, causar um acidente), mas é que sou mineira, desacostumada com essas coisas!



O modo de viver do capixaba é totalmente diferente do nosso. Quando estou lá, visto roupas - muito - mais leves e como menos gordura. Aqui, faça chuva ou sol, as pessoas, de um modo geral, só usam calça comprida e sapato fechado ou meia e tênis. Não me lembro com quem eu estava conversando outro dia (ou será que ouvi na televisão?). Bem, mas o fato é que a pessoa comentou que, sem a menor dúvida, pelo motivo de não termos praia, assim como os paulistanos, adquirimos um costume diferente, principalmente na moda e na gastronomia. A mineira, por exemplo, adora um salto e uma bota. A carioca, a não ser que seja da tribo das patricinhas (ou burguesinhas, como diz a música do Seu Jorge), adoram uma rasteirinha. E as capixabas são fãs de umas havaianas .

Dois rapazes que foram para lá no meu vôo iam fazer prova para o concurso de Procurador do Estado do Espírito Santo. Uma amiga que encontrei já na volta a BH e que também fizera a prova, contou que havia gente de todos os cantos do Brasil, inclusive, quase ninguém do próprio ES. Ela comentou que hoje em dia não há mais barreiras físicas. As barreiras foram transpostas.

O brasileiro procura as oportunidades onde elas estiverem, não importa se não estão na cidade onde nasceu e foi criado ou onde moram os pais. O Brasil é um país em que a diversidade regional é bem aceita e respeitada (salvo casos extremos de preconceito social e linguístico, confundidos com preconceito regional, ou casos de neonazismo, que, vez ou outra, vemos nos telejornais).

O barateamento da passagem aérea também possibilitou uma maior frequência de viagens pela classe média e, então, os sotaques vão se misturando mais ainda. Foi o que aconteceu com a Paçoca, amiga da minha irmã. Piauiense de Teresina, ela mistura o dialeto de sua terra com o de Minas, lugar onde mora, falando gostoso demais da conta. Diga-se de passagem que ela está prestes a ir morar em Rio das Ostras.

2 comentários:

Gabriela Galvão disse...

Êrêrê nem tinha visto esta foto danadinha Tirou na segunda? Am... Eh, a brasileirada ñ desiste nunca!!! Dah-lhe meu povo!

; )

Juliana disse...

Não, tirei da outra vez, em julho.